Não posso viver sem seu amor...

“Éramos assim, feitos um para o outro, eu não sei bem se eu a encontrei ou ela me encontrou. Foi à garota que mais amei que me entreguei que doei meu coração por completo.”

 Quando li esse trecho, senti certo nó na garganta; Incontrolavelmente lágrimas escorreram pelo o meu rosto. Sai da frente do computador, desliguei a música, me encostei-me ao sofá e comecei a pensar. Pensar, no passado, no presente e no futuro. Uma angústia sem fim tomou conta de todo o meu corpo. Não era nada físico, mas doía como se estivessem tirando um pedaço de mim. Na verdade, acho que esse pedaço é você. Porque querendo ou não, mesmo com todos os nossos erros, principalmente os meus, você é esse pedacinho que faz tanta falta pra mim.

Não sei bem como tudo isso aconteceu; Sentimentos incertos me levaram a um lugar onde agora eu não gostaria de estar; Te amava, aliás ainda te amo, mas por imaturidade, não me sentia assim tão feliz como eu gostaria, ilusão, pois você me fez feliz na medida certa. Mas aquela impressão de voltar pra casa e sentir um vazio dentro de mim, era e é inexplicável.

Seu amor foi único, os momentos foram únicos e incrivelmente lindos para mim. E hoje a conclusão que não me faltava mais nada. Seu amor poderia sim suprir todas as minhas necessidades, na realidade eu e  com as minhas manias, fui tão exigente a ponto de não enxergar o amor que você me oferecia, do seu jeito, mas oferecia.

A vida pode ser vista de vários ângulos. Ângulos verdadeiros ou não. E por toda essa confusão dentro de mim, talvez simples carência, ou até egocentrismo, eu comecei a ver a vida de um modo que não era real.

As coisas mudam e com elas, a vida traz situações e pessoas que em pouco tempo nos fazem sentir tão bem, tão amadas e como se nos conhecessem a uma vida. Sentimento falso e passageiro. Quem me faz e fazia me sentir bem, na verdade sempre foi e sempre será você.

Parece que todo aquele sentimento havia se esfriado. Não me sentia amada. Não tinha certeza do seu amor por mim, me sentia insegura; e então comecei a ver a vida em outro ângulo enganoso, mentiroso e sem volta, um ângulo promiscuo e ingênuo que me fez perder a pessoa que realmente me amava, que entregou seu coração a mim. Ângulo que fui fundo, sem saber, ângulo que fez hoje sentir o maior arrependimento da minha vida

Naquele tempo, naqueles dias eu não soube direito dar valor no amor, no seu amor, no nosso amor. Talvez não soubesse amar ou nem o que era amor, eu era boba e ingênua, fraca.

Mas hoje tem a certeza de o que eu sinto por você é amor, amor esse que implora perdão, que espera o tempo que for, e que se pergunta: Onde está todo aquele amor que vivemos? Ele era tão forte a ponto de me perdoar de verdade e arriscar tudo de novo? Em nome do amor, em nome da saudade, em nome de nós?  Não quero só fazer parte do seu passado, não quero que se lembre de mim como alguém que te fez sofrer, eu quero passar o resto dos meus dias com você. Não quero que essa seja mais uma história com final. É você, você que me faz sorrir, que me faz flutuar. É você que eu amo. Não quero ficar fingindo que estou bem, porque não estou. Não quero viver mais de tristeza e solidão. Quero guardar no coração o seu amor, não tão somente lembranças. Eu quero você, eu preciso de você.

Não posso viver sem seu amor, venha até mim
Por favor me dê mais uma chance e você verá
Você pode ler nos meus olhos as palavras que não digo
Você é meu único amor mas minha vida não é a mesma
E não quero culpar ninguém.

Blame- Paramore

Segunda-feira tranqüila e independente na obscuridade...

 

    

Acordo pra mais uma batalha diária, mas um combate contra tudo o que me cerca. Paredes em preto e branco. Sinto-me estranha em minha própria vida, me pergunto como se faz para viver uma vida vazia? Como se faz para viver uma vida cheia de nada?

Lembro-me de um dia em que já consegui dormir. Que sorria para coisas mais simples da vida, do dia em que a ingenuidade ocupava o meu coração, dos dias livres de melancolia sem fim.

    

Levanto e vejo rascunhos de uma história que há muito tempo tento escrever, vestígios de uma vida infeliz. Tomo lentamente meu café, sinto aquele aroma que parece chegar a minha alma, que me tira toda a minha ansiedade, que me acalma pouco a pouco, que anestesia o meu sofrimento. Um dos vícios que a vida me proporcionou.

Entre tantas coisas, já esqueci o que é bom. Vivo condenada a uma vida que nunca sonhei pra mim. Sinto saudades de coisas que nunca vivi sentimentos que nunca senti. Na verdade eu nem sei mais quem sou eu.

Mas como tudo na vida, estar assim, me sentindo assim tem uma explicação, o que me trouxe até aqui foi um jogo.

Em um dia qualquer, todas as cartas foram postas a mesa. Esse é um jogo, um jogo mau, jogo ardiloso e sujo. Não existem regras, são sempre exceções.  As conseqüências são variadas. Tudo é questão de sorte, como em uma roleta russa. Simplesmente pode se sair ileso, ou uma parte sua pode morrer. Por vezes existem vencedores, mas na maioria das vezes sempre há um perdedor, sempre alguém sai ferido. Tudo é questão de arriscar, e são muitas coisas em jogo, entrar nessa aposta, é um caminho dúbio, duvidoso, mas o que sempre motiva a arriscar nesse jogo é que a recompensa pode ser valiosa.

Entrei nesse jogo apostando alto, o meu coração. Desde o início soube das conseqüências, viver ou deixar morrer, seguir em frente ou parar, a cada rodada as alternativas diminuem, e sair do jogo fica mais difícil, pois esse jogo vicia, e sempre existe algo para parecer que vale a pena apostar mais alto. 

Um jogador foi eliminado; E é sempre do lado mais fraco que a corda arrebenta. Perdi tudo. Eu me perdi, perdi você. E mais uma vez, me enganei, me iludi. E é sempre quando eu penso que posso me recuperar, mais uma facada abre todo o peito, e meu coração cai no chão e estilhaça como cristal. E agora recomeço a juntar, pedacinho por pedacinho.

E mesmo que livre, estou presa dentro dessa dor, sem ninguém que me tire daqui antes da próxima chuva. Troquei tudo o que eu tinha, por vícios e malaxafobia, sinto que não quero mais arriscar, não quero sonhar, não quero mais viver, assim.

    

    

Quando tá escuro, e ninguém te ouve, quando chega a noite e você pode 
chorar♪♫

L.

E hoje, eu realmente entendi o que é o amor. Eu confundia amor. Achava que amar era só sentir e receber carinho. Achava que amar, era aquele gostinho bom que fica no ar. Confundia o amor, com outros sentimentos, talvez fosse carência , solidão, ou um pouco de tudo junto. Mas hoje eu vi que amor, é aquele desejo de proteger, de querer a felicidade do outro acima de tudo, acima da sua própria, pois a felicidade dele certa forma é a sua felicidade.


 C.




É preciso amar, as pessoas como se não ouvesse amanhã. - Legião Urbana