quinta-feira, 28 de julho de 2011

Segunda-feira tranqüila e independente na obscuridade...

 



    


Acordo pra mais uma batalha diária, mas um combate contra tudo o que me cerca. Paredes em preto e branco. Sinto-me estranha em minha própria vida, me pergunto como se faz para viver uma vida vazia? Como se faz para viver uma vida cheia de nada?
Lembro-me de um dia em que já consegui dormir. Que sorria para coisas mais simples da vida, do dia em que a ingenuidade ocupava o meu coração, dos dias livres de melancolia sem fim.

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Levanto e vejo rascunhos de uma história que há muito tempo tento escrever, vestígios de uma vida infeliz. Tomo lentamente meu café, sinto aquele aroma que parece chegar a minha alma, que me tira toda a minha ansiedade, que me acalma pouco a pouco, que anestesia o meu sofrimento. Um dos vícios que a vida me proporcionou.
Entre tantas coisas, já esqueci o que é bom. Vivo condenada a uma vida que nunca sonhei pra mim. Sinto saudades de coisas que nunca vivi sentimentos que nunca senti. Na verdade eu nem sei mais quem sou eu.
Mas como tudo na vida, estar assim, me sentindo assim tem uma explicação, o que me trouxe até aqui foi um jogo.
Em um dia qualquer, todas as cartas foram postas a mesa. Esse é um jogo, um jogo mau, jogo ardiloso e sujo. Não existem regras, são sempre exceções.  As conseqüências são variadas. Tudo é questão de sorte, como em uma roleta russa. Simplesmente pode se sair ileso, ou uma parte sua pode morrer. Por vezes existem vencedores, mas na maioria das vezes sempre há um perdedor, sempre alguém sai ferido. Tudo é questão de arriscar, e são muitas coisas em jogo, entrar nessa aposta, é um caminho dúbio, duvidoso, mas o que sempre motiva a arriscar nesse jogo é que a recompensa pode ser valiosa.
Entrei nesse jogo apostando alto, o meu coração. Desde o início soube das conseqüências, viver ou deixar morrer, seguir em frente ou parar, a cada rodada as alternativas diminuem, e sair do jogo fica mais difícil, pois esse jogo vicia, e sempre existe algo para parecer que vale a pena apostar mais alto. 
Um jogador foi eliminado; E é sempre do lado mais fraco que a corda arrebenta. Perdi tudo. Eu me perdi, perdi você. E mais uma vez, me enganei, me iludi. E é sempre quando eu penso que posso me recuperar, mais uma facada abre todo o peito, e meu coração cai no chão e estilhaça como cristal. E agora recomeço a juntar, pedacinho por pedacinho.
E mesmo que livre, estou presa dentro dessa dor, sem ninguém que me tire daqui antes da próxima chuva. Troquei tudo o que eu tinha, por vícios e malaxafobia, sinto que não quero mais arriscar, não quero sonhar, não quero mais viver, assim.





    

    
Quando tá escuro, e ninguém te ouve, quando chega a noite e você pode 
chorar♪♫


L.

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