segunda-feira, 18 de julho de 2011

E eu me perguntava... Quem irá me salvar?


Depois da ultima noite de festa, enquanto caminhava com as sandálias 34 nas mãos, sob a luz do luar, guiada pela solidão.  Estava já com a maquiagem toda borrada, e o cabelo não parecia que havia passado horas sendo arrumado. Sentia-se de longe o cheiro de tristeza. Aquela pequena menina, que era forte como as grandes ondas do mar, estava ali, andando sem rumo, no silêncio da noite, com roupa de festa.
 Nem o medo dos perigos da noite lhe parou. Luzes no meio da rua, e a sua vida na sombra, e quando está escuro é que se percebe que o grito da alma ninguém pode escutar.
A chuva começa, e molha todo meu corpo, e continuo andando em ritmo ora acelerado, ora lento. Normalmente deveria estar correndo, procurando um abrigo seguro. Então me lembro que quando estava com medo seus braços me acolhiam e você dizia que sempre que eu estivesse com você estaria segura.  E agora estou aqui totalmente insegura, desesperada, esperando que por algum milagre, divino ou não, você possa vir com sua jaqueta jeans desgastada colocar sob os meus ombros me protegendo do frio, me dando um abraço confortável fazendo-me sentir segura novamente em seus braços. Naquele fim de noite eu só queria te ver, sentir seu cheiro, nos seus braços me acolher.
Enquanto caminhava dizia em meu pensamento “Eu devia é esquecer tudo isso! ”E a cada lembrança as lágrimas começaram e escorrer no seu rosto.
Enfim, em casa. Subo as escadas como se estivesse carregando um peso, quem sabe é o peso de ainda te amar. O apartamento, aquele que sempre sonhei em ter hoje é um pesadelo. Cada pedacinho dele me lembra você. Um momento qualquer. Ainda toda molhada de chuva e com o corpo congelado, o melhor a se fazer é tomar um banho.
Com uma caneca de café, já com um inicio de resfriado, me enrolo em uma coberta e sento-me sozinha na beira da janela, em meio de almofadas vermelhas, e vejo um mundo que não está mais em minhas mãos. Eu me perdi nos seus caminhos, agora estou agora nessa casa vazia. Amanhecendo olhando álbuns de fotografias.       
Mas bem sabemos que eu sou orgulhosa, você ainda mais. Tantas brigas e reconciliações, mas parece que dessa vez realmente foi o fim de tudo. Hoje vejo que nada que achei era verdade, achei que teria você para sempre, mas vejamos a minha situação. No inicio me senti até feliz, mas, agora percebo que você me faz falta, são 3 da manhã e adormeço, ali mesmo, e você não vai estar aqui para me levar até a cama e me cobrir.
O sol já está forte e a luz incomoda. E com os olhos entreabertos, ainda dormindo, vejo você, com a mesma alegria das primeiras vezes que nos vimos, ali sentado na minha frente esperando com que eu acorde, acariciando meus cabelos com olhar de ternura...

Não tínhamos mais tempo para brigar, a saudade estava matando pouco a pouco, a mim e a você.  E por sorte na ultima briga me esqueci de pegar as chaves reserva. 
E me senti aliviada quando ouvi:
“Senti sua falta, como quando nos conhecemos, esperava a todo o momento uma ligação sua me pedindo pra voltar. Eu te amo! Eu nem me lembro porque brigamos, só lembro-me de tudo o que sofri longe de você, e por isso eu não quero passar nunca mais. E te peço que me perdoe por todas as vezes que não te ouvi, ás vezes que não te dei atenção, eu sei que não sou perfeito, e nem entendo como alguém assim tão perfeita como você pode me amar. E tive que perceber isso do pior modo. Então minha pequena, volta pros meus braços?”
E com um sorriso no rosto a única atitude a ser tomada, era selar aquele momento com um beijo.

Os dias são tão iguais, o vento toca a janela
Não sei se sou tão capaz de viver (de viver sem você)
Sua indecisão (tentando aprender, seguir)
Quase me matou, me matou (desistir nunca mais)
Partiu meu mundo em dois (hoje espero você)
E agora eu sei [...]
Onde estiver, saiba que eu sempre estarei aqui                                          
Mesmo que o tempo te levar
(Volta, sinto tanto sua falta nos meus braços, eu guardo teus abraços só pra te esperar)

Vou te esperar...
♪♫

L.







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